Ontem tive a oportunidade de assistir a posse da nova presidente do Brasil, Dilma Rousseff e resolvi escrever algo sobre. Não farei aqui uma leitura partidária, mas geográfica, pois acredito que devemos vencer as barreiras que nos impede de ter discussões válidas e com resultados positivos.

É interessante expressar como a população de mais dificuldades socioeconômicas identificou-se com a nova presidente e como o gênero feminino atingiu um nível mais alto.

Conforme o mapa abaixo se pode analisar os votos válidos por regiões do Brasil.
http://fernandonogueiracosta.files.wordpress.com/2010/10/votos-dos-vitoriosos-por-municipio.png

Ora, é claro a esperança e anseios de novas conquistas e melhorias de vida desta população que em governos anteriores (principalmente após o militarismo, mas nem tanto) não obteve uma atenção digna. Não houve uma integração desta população na política nacional. As políticas eram voltadas para o sul e sudeste que, historicamente, são regiões mais “desenvolvidas” e mais populosas detentoras de conhecimento.

É claro também que não quero acreditar que um candidato foi eleito por ignorância, porque não tenho condição de julgar a população e muito menos de chamar nosso país de desprovido de inteligência, pois estou nele e não me acho um.

É interessante que até as regiões sul e sudeste já estavam com um sentimento de mudanças. Se analisarmos o mapa dos votos válidos do candidato Plínio Arruda e Marina Silva, poderemos notar que seus votos ficaram concentrados nas regiões desenvolvidas que têm a esperança de novas conquistas, mas que não se identificaram com o partido vencedor.


Clique aqui e veja um belo trabalho do Professor Cesar Romero, historiador e cientista político e especialista na geografia do voto.

Outra expressão interessante é o ganho feminino tendo, pela primeira vez uma representação no poder máximo do país. Podemos notar o reflexo que isto terá nas configurações eleitorais nos próximos anos, pois já é um recorde o número de ministras que tomaram posse.

Deve-se aproveitar o momento para valorizar o trabalho feminino e não diversificar sua força de trabalho. Quando digo diversificar, quero dizer que as mulheres estão ganhando o mercado de trabalho porque não ganham bem no primeiro emprego que conseguem, logo, devemos valorizar as atuais posições para ter uma melhoria nas condições de trabalho.

Agora resta-nos viver com política e não viver da política para podermos participar e não lutar pelo poder, mas lutar por melhores condições de vida, para nós mesmos e nossa família, mas que não fiquemos acreditando que o governo deve resolver todos os nossos problemas e sim tê-lo como referência.

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