Um Pará Apenas
Com 70% das urnas apuradas, o resultado matemático já
indicava a rejeição dos paraenses à divisão do Pará para a criação dos Estados
de Tapajós e Carajás. A divisão
do Pará somente obteria sucesso se todos aqueles da abstenção (1.246.646 eleitores)
votassem a favor da separação. Deixando ainda de lado os votos em brancos e
nulos. Como a maioria da população rejeitou a divisão o processo será
arquivado.
Cabe
ressaltar que muitas regiões gostariam da divisão com a intenção de melhoria em
lugares esquecidos pelo Estado. É válido se considerarmos que existem bolsões
de baixa renda no estado e que estas áreas carecem de uma atenção. Porém, na
administração e gestão, os conceitos e preceitos são de natureza aprofundada em
organização e planejamento, mas conforme Marx é nas lutas de classes que o
Estado deve interagir e fazer valer o interesse comum e dos proletariados.
Percebe-se,
portanto, uma omissão do governo nos municípios que clamam por separação. E é
nestas áreas que o governo do estado deve agir, mesmo correspondendo a 42% dos
municípios paraenses a favor da divisão. A mão do governo deve agir idoneamente
buscando o melhor para a população mais oprimida.
Infelizmente
nunca fui ao Pará e pré-julgamentos podem me levar a interpretar errado a
necessidade daquela região tão afetada por grileiros, capangas, extração de
minério, madeira e, recentemente com Belo Monte, extração da vida, da cultura.
Mesmo assim, fico feliz com o resultado e que mesmo me parecendo algo meio
preconceituoso no sentido de, se está ruim vamos separar para melhorar, acredito
que a discussão deve avançar em várias partes e não somente do lado dos
interesses e sim da transparente melhoria.
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